Alerta: golpistas se passam por médicos e pedem dinheiro para beneficiários do Ipsemg
Instituição informa que não exige pagamento por nenhum serviço de saúde, além do que é descontado mensalmente na folha de pagamento; veja como se proteger
Clever Ribeiro, Fernanda Rodrigues Portal Itatiaia
Golpistas estão se passando por médicos para extorquir os familiares de pacientes internados no Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP), em Belo Horizonte. O Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) alerta para que nenhuma transação bancária, ou via Pix, seja feita para supostos funcionários em nome da instituição.
A filha de um homem internado no CTI da unidade de saúde, que não será identificada, conta como foi a abordagem dos golpistas.
“Os criminosos fizeram contato por ligação telefônica comigo e depois por WhatsApp. O homem se identificou como um médico do Ipsemg e, em seguida, me deu informações a respeito do prontuário do meu pai. Ele ainda falou o final do número de telefone da minha mãe, para que eu pudesse ter certeza que era do hospital”, disse.
Suposto médico pediu R$ 4,9 mil para exames
De acordo com a mulher, o suposto médico disse que o pai dela não estava respondendo aos tratamentos. Ele teria dito que o paciente teria que fazer um novo exame, que não estava disponível no hospital, no valor de R$ 4,9 mil. Segundo o criminoso, o valor seria reembolsado para a família em até dois dias.
“Se a pessoa não tiver o dinheiro, ela vai tentar conseguir. Eu pensei de imediato: ‘não vou deixar meu pai morrer por causa de R$ 4,9 mil. Se tem esperança, vou tentar. Mas, comecei a desconfiar que se tratava de um golpe. Como moro há cinco minutos do hospital, decidi ir lá. Quando ele pediu o número da minha CNH ou identidade para fazer o reembolso, eu disse: ‘Estou com o documento em mãos, na porta do hospital. Pode vir pegar’. Nesse momento, ele apagou todas as mensagens e tive certeza que era um golpe”, contou.
Ipsemg alerta para golpe
O Ipsemg esclarece que não exige pagamento por nenhum serviço de saúde, além do que é descontado mensalmente na folha de pagamento do beneficiário titular. A instituição ainda ressalta que os médicos e profissionais do quadro de funcionários, ou credenciados, não estão autorizados a realizar cobrança a parte por qualquer serviço de saúde em nome do Ipsemg.
O instituto também informa que não liga, envia mensagens por WhatsApp ou correspondência (física, eletrônica) para os beneficiários solicitando pagamento.
Como se proteger?
De acordo com o Ipsemg, caso o beneficiário receba algum contato solicitando qualquer tipo de pagamento ou depósito por serviço, medicamento ou procedimento hospitalar, ele deve registrar um boletim de ocorrência policial.
A instituição ainda ressalta que os profissionais do CTI não entram em contato com familiares por telefone a respeito de exames de qualquer natureza. As informações médicas são dadas presencialmente no horário da visita. Em caso de dúvidas sobre o estado de saúde dos pacientes, os familiares devem entrar em contato diretamente com a equipe médica da unidade.
Comentários do Facebook